Colesterol, estresse, hipertensão, derrame e diabetes.
Fonte* : Portal Prevenção da Sociedade Brasileira de Cardiologia
O colesterol desempenha funções essenciais em nosso organismo, como a produção de alguns hormônios, tais como vitamina D, testosterona, estrógeno, cortisol e ácidos biliares que ajudam na digestão das gorduras. É um componente estrutural das membranas celulares em nosso corpo e está presente no coração, cérebro, fígado, intestinos, músculos, nervos e pele. No entanto, o excesso de colesterol é prejudicial e aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares isso porque pode formar placas de gorduras na parede das artérias dificultando o fluxo sanguíneo ou até mesmo obstruindo essa passagem.
• HDL conhecido como "colesterol bom"
• LDL conhecido como "colesterol ruim ou mau colesterol"
Colesterol Total |
Adultos maiores de 20 anos |
Desejável |
menor que 200 mg/dl |
Máximo |
entre 200-239 mg/dl |
Alto |
maior que 240 mg/dl |
Colesterol LDL (ruim) |
Adultos maiores de 20 anos |
Ótimo |
menor que 100 mg/dl |
Desejável |
entre 100-129 mg/dl |
Máximo |
entre 130-159 mg/dl |
Alto |
entre 160-189 mg/dl |
Muito alto |
maior que 190 mg/dl |
Colesterol HDL (bom) |
Adultos maiores de 20 anos |
Desejável |
maior que 60 mg/dl |
Baixo |
menor que 40 mg/dl |
Colesterol alto é uma doença silenciosa, logo a sua identificação ocorre somente por exames de sangue que devem realizados a pedido do seu médico.
Muitos fatores podem contribuir para o aumento do colesterol, como tendências genéticas ou hereditárias, obesidade, idade, gênero, diabetes e sedentarismo. No entanto, um dos fatores mais comuns é a dieta já que 30% do colesterol do nosso organismo é proveniente na nossa alimentação. As gorduras, sobretudo as saturadas, presentes em alimentos de origem animal, contribuem para a elevação do colesterol sanguíneo.
Uma dieta rica em frutas, verduras, legumes e grãos evita o aumento do colesterol, além da prática de exercícios físicos e evitar o fumo e o estresse. Em muitos casos está indicado o uso contínuo de medicamentos.
Colesterol alterado pode ocasionar infarto, AVC, complicações renais, síndrome
coronariana aguda, angina e trombose.
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O estresse é um sentimento normal. Seu excesso é que se torna um fator de risco para o desencadeamento de doenças cardiovasculares. Caracterizado por sensações de medo, desconforto, preocupação, irritação, frustração, indignação, nervoso, a causa para o estresse muitas vezes pode ser desconhecida.
O indivíduo estressado pode apresentar ritmo cardíaco acelerado, arritma, tremores, tontura, suor excessivo e respiração acelerada. Pode também apresentar constipações intestinais, necessidade frequente de urinar, boca seca e problemas para engolir. Procure um médico se esses e outros sintomas surgirem e estiverem lhe causando preocupação. Além do mais, estes não são sinais exclusivos de estresse, mas sim de problemas de saúde mais graves.
Ele pode ser associado a momentos importantes e significativos na vida pessoal e profissional sendo desencadeado por situações diversas. Geralmente associados a situações que estão conectados a sentimentos de expectativa ou podendo ainda estar ligado a outras doenças como síndrome do pânico e transtorno obsessivo compulsivo. Pode também aparecer em decorrência de algum efeito colateral de tratamentos medicamentosos. Sentimentos de estresse e ansiedade são comuns também em pessoas que se sentem deprimidas e tristes.
Tratamento e cuidados após o diagnóstico Algumas pequenas práticas, como alimentar-se melhor, praticar atividades físicas, rir mais, dormir melhor, entre outras, ajudam a amenizar o estresse do dia a dia.
O estado de tensão mexe com o funcionamento do nosso organismo. A alta liberação de hormônios como a adrenalina e cortisol provocam instabilidade elevando a pressão sanguínea e batimentos cardíacos podendo provocar um infarto ou AVC. Alguns medicamentos podem provocar ou piorar os sintomas de estresse, além do uso de produtos com cafeína, drogas, álcool e tabaco. Quando essas sensações ocorrem com frequência, a pessoa pode ter um distúrbio de ansiedade.
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A hipertensão ocorre quando a pressão do sangue causada pela força contração do
coração e das paredes das artérias para impulsionar o sangue para todo o corpo
ocorre de forma intensa sendo capaz de provocar danos na sua estrutura.
A pressão arterial é medida através de aparelhos como o tensiômetro ou
esfigmomanômetro e pode ter uma variação relativamente grande sem sair dos
níveis de normalidade. Para algumas pessoas ter uma pressão abaixo de 12/8,
como, por exemplo, 10/6, é normal. Já valores iguais ou superiores a 14 (máxima)
e/ou 9 (mínima) são considerados como hipertensão para todo mundo.
Tontura, falta de ar, palpitações, dor de cabeça frequente e alteração na visão podem ser sinais de alerta para alteração na função de bombeamento do sangue, entretanto a hipertensão geralmente é silenciosa, por isso é importante a medida regular da pressão arterial
Obesidade, histórico familiar, estresse e envelhecimento estão associados ao desenvolvimento da hipertensão. O sobrepeso e a obesidade podem acelerar até 10 anos o aparecimento da doença. O consumo exagerado de sal, associados a hábitos alimentares não adequados também colaboram para o surgimento da hipertensão.
A hipertensão em sua grande maioria não tem cura, mas pode ser controlada. Nem sempre o tratamento significa o uso de medicamentos, sendo imprescindível a adoção de um estilo de vida mais saudável, como mudança de hábitos alimentares, redução do consumo de sal, atividade física regular, não fumar, consumo de álcool com moderação, entre outros.
As principais complicações da hipertensão são derrame cerebral, também conhecido como AVC, infarto agudo do miocárdio e doença renal crônica. Além disso, a hipertensão pode levar a uma hipertrofia do músculo do coração, causando arritmia cardíaca. O tratamento de hipertensão de forma continua, amplia a qualidade e expectativa de vida.
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Conhecido popularmente como derrame, o AVC é causado pela falta de sangue em determinada área do cérebro decorrente da obstrução dessa artéria ou por sangramento devido ao rompimento de um vaso sanguíneo. No primeiro caso ele é denominado de acidente vascular cerebral isquêmico e no segundo caso com acidente vascular cerebral hemorrágico. Em ambos os casos o sangue não chega a determinadas áreas do cérebro ocasionando a perda de funções neurológicas. É raro acontecer na infância mas pode atingir as pessoas de todas as idades.
Os sinais e sintomas do AVC acontecem de forma súbita podendo ser únicos ou combinados. Pode haver enfraquecimento, adormecimento ou paralisação da face, braço ou perna de um lado do corpo, alteração de visão (ficando turva ou até mesmo a perda), dificuldade na fala ou compreensão. Pode ocorrer também tontura sem causa definida, desequilíbrio, falta de coordenação no andar ou queda súbita e ainda dores de cabeça fortes e persistentes além de dificuldade para engolir.
Hipertensão arterial, fibrilação atrial, diabetes, tabagismo, uso de pílulas anticoncepcionais, álcool e problemas relacionados à coagulação sanguínea estão entre as principais causas do AVC.
Acidente vascular cerebral é uma emergência médica e o paciente deve ser encaminhado imediatamente para atendimento hospitalar. Mudanças de hábito podem ajudar na recuperação por isso é importante controlar o colesterol, pressão arterial e níveis de açúcar no sangue. Adote uma dieta equilibrada, pratique alguma atividade física. Vale lembrar que células cerebrais não se regeneram, e também não existe tratamento para recuperá-las, mas há tratamentos terapêuticos que auxiliam na restauração das funções, movimentos e fala e sua eficácia é melhor aproveitada quando o tratamento é imediato. Nunca suspenda o tratamento indicado pelo cardiologista e/ou neurologista.
O AVC pode deixar sequelas e sua gravidade vai variar de indivíduo para indivíduo devido a intensidade do evento cardiovascular. A falta de força pode ocasionar em perdas motoras, como fala, o comer sozinho, andar ou se vestir. Pode incluir dificuldade na comunicação, compreensão, engasgos, incontinência, perda de visão, distúrbios neurológicos e agressividade comprometendo o convívio com amigos e familiares.
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DIABETES
O diabetes é doença de origem múltipla, decorrente deficiência de produção do hormônio conhecido como insulina. A sua falta e/ou da incapacidade de exercer adequadamente suas funções ocasiona um aumento da glicose (açúcar) no sangue. O pré-diabetes é um termo utilizado para indicar pacientes potenciais ao desenvolvimento da doença. É um estado intermediário do indivíduo saudável e o diabético tipo 2, isso porque ele tem uma predisposição genética de impossibilidade de produção de insulina O Diabetes tipo 1 pode ocorrer por uma herança genética em conjunto com infecções virais. A doença pode se manifestar em qualquer idade, mas é mais comum ser diagnosticada em crianças, adolescentes ou adultos jovens e caracteriza-se pela perda funcional do pâncreas na produção de insulina devido a uma falha do sistema imunológico fazendo com que as células produtoras desse hormônio percam sua capacidade produtora.
Já o Diabetes tipo 2 é mais comum em indivíduos acima de 45 anos que apresentem obesidade, sobrepeso além do histórico familiar. É caracterizado pela combinação de dois fatores: a diminuição de secreção se insulina e a resistência a ação desse hormônio. Há ainda o Diabetes Gestacional que é uma condição de resistência à insulina que surge durante a gravidez, aumentando os níveis de glicose no sangue. Essa condição pose persistir após o parto.
Os principais sintomas do Diabetes são vontade de urinar frequente, fome, sede excessiva e perda de peso. Esses sintomas ocorrem devido a produção insuficiente ou incapacidade de produção da insulina. No Tipo 1 é possível ainda perceber sintomas como alteração de humor, náusea, fadiga e fraqueza. O diabético do Tipo 2 não apresenta sintomas iniciais podendo ser assintomática durante muitos anos, mas é possível identificar a doença quando o indivíduo apresentar infecções frequentes, demora em cicatrizações, alteração na visão, formigamento nos pés e furúnculo. No tipo gestacional o diagnóstico pode ser percebido devido a alterações no aumento da glicemia e no ganho excessivo de peso.
O diabetes acontece devido a uma deficiência na capacidade de o pâncreas produzir insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo ou devido a incapacidade de ação adequada desse hormônio. A insulina é responsável pela redução da glicemia permitindo que o açúcar presente no sangue possa agir dentro das células como fonte de energia.
O tratamento correto significa controlar a dieta, praticar exercícios, verificar a glicose, além de medicamentos orais e/ou aplicação de insulina.
Diabetes sem tratamento pode ocasionar lesões na retina levando a perda da visão, amento no risco de infecções, hipertensão, neuropatias, pé diabético, AVC e infarto.
Fonte : http://prevencao.cardiol.br/
No site você pode se informar também sobre
tabagismo (cigarro) e
alcoolismo.