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Educação Alimentar
Alimentação baseada em alimentos de origem
vegetal |
O Guia Alimentar para a População Brasileira (2014) do Ministério da
Saúde recomenda
"fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da
alimentação,
em grande variedade e predominantemente de origem vegetal."
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Por que a alimentação deve ser predominantemente de origem vegetal ?
Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira do Ministério
da Saúde :
Razões sociais e ambientais "A opção
por vários tipos de alimentos de origem vegetal e pelo limitado
consumo de alimentos de origem animal implica indiretamente a opção
por um sistema alimentar socialmente mais justo e menos estressante
para o ambiente físico, para os animais e para a biodiversidade em
geral. O consumo de arroz, feijão, milho, mandioca, batata e
vários tipos de legumes, verduras e frutas tem como consequência
natural o estímulo da agricultura familiar e da economia local,
favorecendo assim formas solidárias de viver e produzir e
contribuindo para promover a biodiversidade e para reduzir o impacto
ambiental da produção e distribuição dos alimentos.
A diminuição da demanda por
alimentos de origem animal reduz notavelmente as emissões
de gases de efeito estufa (responsáveis pelo
aquecimento do planeta), o
desmatamento decorrente da criação
de novas áreas de pastagens e o uso
intenso de água.
O menor consumo de alimentos de origem animal
diminui ainda a necessidade de sistemas intensivos de produção
animal, que são particularmente nocivos ao meio ambiente. Típica
desses sistemas é a aglomeração de
animais, que, além de estressá-los, aumenta a produção de
dejetos
por área e a necessidade do uso contínuo de
antibióticos*, resultando em
poluição do solo e aumento do risco de contaminação de águas
subterrâneas e dos rios, lagos e açudes da região.
Sistemas intensivos de produção animal* (fotos abaixo)
consomem grandes
quantidades de rações fabricadas com ingredientes fornecidos por
monoculturas de soja e de milho. Essas monoculturas, por sua vez,
dependem de agrotóxicos e do uso
intenso de fertilizantes químicos, condições que acarretam riscos ao
meio ambiente, seja por contaminação das fontes de água, seja pela
degradação da qualidade do solo e aumento da resistência de pragas,
seja ainda pelo comprometimento da
biodiversidade. O uso intenso de
água e o emprego de sementes geneticamente modificadas
(transgênicas), comuns às monoculturas de soja e de milho, mas não
restritos a elas, são igualmente motivo de preocupações
ambientais."
Saiba+ sobre os impactos ambientais da criação e consumo de
animais no e-book
Comendo o Planeta.
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Consumir carne e outros produtos de origem animal é
desnecessário
O Guia Alimentar do Ministério da Saúde (2014) reconhece que o
consumo de carnes ou de outros alimentos de origem animal, não é
absolutamente imprescindível para uma alimentação saudável. Diz
assim :
"Por diversas razões, algumas pessoas optam por não consumir
alimentos de origem animal, sendo assim denominadas vegetarianas.
A restrição pode ser apenas com relação a carnes ou pode envolver
também ovos e leite ou mesmo todos os alimentos de origem animal.
Embora o consumo de carnes ou de outros alimentos de origem animal,
como o de qualquer outro grupo de alimentos, não seja absolutamente
imprescindível para uma alimentação saudável, a restrição de
qualquer alimento obriga que se tenha maior atenção na escolha da
combinação dos demais alimentos que farão parte da alimentação."
Segundo o guia, as carnes vermelhas são fontes de proteína porém
tendem a ser ricas em gorduras em geral e, em especial, em gorduras
saturadas, que, quando consumidas em excesso, aumentam o risco de
doenças do coração e de várias outras doenças crônicas. Além disso,
há evidências convincentes de que o consumo excessivo de carnes
vermelhas pode aumentar o risco de câncer de intestino.
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Produtos de origem animal e câncer
Segundo o
Inca - Instituto Nacional do Câncer, as temperaturas muito elevadas utilizadas para preparar as carnes de forma
frita
ou grelhada, assim como a fumaça do churrasco, formam compostos químicos que são
cancerígenos e aderem à superfície das carnes. Se consumidas com
frequência, podem contribuir para o desenvolvimento de cânceres.
Essas substâncias também são encontradas nos alimentos defumados.
Fonte:
Inca
Fuja
dos embutidos
Retire os
embutidos do cardápio, pois estes
subprodutos da carne são os mais nocivos para a saúde.
Conforme
estudos da Organização Mundial de Saúde, para cada 50 gramas de
carne processada consumida diariamente, o risco de
câncer de cólon e reto
aumenta em 18%. A OMS liga diretamente o câncer de
intestino grosso com o consumo de carnes, especialmente as
processadas como : presunto, salsicha, linguiça, mortadela, salame,
carne enlatada, carne seca e até caldo de carne.
Fonte:
Nações Unidas
A relação entre o consumo de produtos de origem animal e o aumento do risco de
desenvolver câncer é comprovada.
Leia
aqui
Veja que o
consumo regular de laticínios é associado com o aumento do
risco de
câncer de próstata.
E a relação do consumo de
carne vermelha com o câncer de mama.
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Alimentação vegetariana : beneficios,
segurança e cuidados
Vegetarianos
não consomem nenhum tipo de carne, nem
ave ou peixe. Uma pesquisa do Datafolha
de 2017 mostra que 63% dos brasileiros quer reduzir o consumo de
carne. No
Brasil, 14% da população se declara vegetariana, segundo pesquisa do
IBOPE conduzida em abril de 2018. Nas regiões metropolitanas de
São Paulo, Curitiba, Recife e Rio de Janeiro este percentual sobe
para 16%. A estatística representa um crescimento de 75% em
relação a 2012. Imagine daqui a alguns
anos.
Os adeptos da alimentação vegetariana, aqueles que
excluem a carne do cardápio, somam 30 milhões de brasileiros.
Benefícios
da dieta vegetariana bem planejada para a saúde
Redução da
incidência de : obesidade, morte por infarto, câncer de intestino
grosso e próstata.
Menor pressão arterial, menor risco de diabetes, diverticulite e
pedras na vesícula.
A dieta
vegetariana apresenta menor teor de gordura saturada e pode reduzir
significativamente os níveis de colesterol no organismo.
Ela é rica em antioxidantes e fibras.
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Segurança
- A
Associação Dietética Americana afirma que a dieta vegetariana bem
planejada - inclusive a vegana (sem carne, ovos e laticínios) - é
saudável e apropriada a todas as fases da vida, inclusive à infância
e à gravidez, promovendo crescimento e desenvolvimento adequados e
resulta em benefícios à saúde e na prevenção e tratamento de certas
doenças.
- Esta
associação em conjunto com os Nutricionistas do Canadá, acrescentou
a recomendação de que, diante de um indivíduo que manifeste a
intenção de aderir a uma dieta vegetariana, os profissionais da área
de nutrição têm a responsabilidade de apoiar e incentivar essa
adesão.
-
A Associação de Cardiologia Americana é também explicitamente
favorável à adesão da dieta vegetariana.
- Parecer do
Conselho de Nutricionistas CRN-3 sobre dietas vegetarianas (2012)
"Onívoros
podem consumir tanto os produtos de origem animal como vegetal. Por
sua natureza biológica, o homem pode comer o que quiser. Estudos
científicos demonstram que é possível atingir o equilíbrio e a
adequação nutricional com dietas vegetarianas- ovolactovegetarianas,
lactovegetarianas, ovovegetarianas e até veganas, desde que bem
planejadas e, se necessário, suplementadas. A dieta vegetariana
estrita (vegana) não apresenta fontes nutricionais de vitamina B12,
que deve ser fornecida por meio de alimentos fortificados ou
suplementos. As dietas vegetarianas, quando atendem às necessidades
nutricionais individuais, podem promover o crescimento,
desenvolvimento e manutenção adequados e podem ser adotadas em
qualquer ciclo de vida.”
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Cuidados nutricionais na alimentação vegetariana
O cardápio
do vegetariano deve incluir alimentos ricos em ferro (ex.: feijões),
cálcio (ex.: leites vegetais fortificados), zinco (ex.: cereais integrais) e
ômega 3 (ex.: linhaça). Se a exposição solar não for adequada (para
vegetarianos ou não), deve haver complementação de vitamina D com
alimentos fortificados ou suplementos.
A proteína
não é fator preocupante nesta dieta. Se a pessoa supre sua
necessidade calórica com alimentos baseados em cereais e feijões, a
cota de todos os aminoácidos essenciais é atingida automaticamente.
Exceto os óleos e açúcar, todos os grupos de alimentos
(feijões, cereais, legumes, verduras, oleaginosas...), tem algum
percentual de proteína.** Ao se tornar vegetariano, providencie um suplemento
de vitamina B12 ou busque alimentos fortificados com esta vitamina.
O melhor substituto da carne é o feijão, de todos os tipos. Consumir
soja no lugar da carne é desnecessário. Vegetariano não precisa de
soja em grãos ou na forma de proteína texturizada. Com medo da
carência de proteína, muitos abusam de ovos e queijos. Esse medo é
infundado. O consumo de ovos e em especial de laticínios em grande
quantidade aumenta a ingestão de gordura de má qualidade (saturada).
Saiba+ no e-book :
Tudo o que você precisa saber sobre alimentação vegetariana
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Bebês
: Guias Alimentares para a Família
Para se desenvolver bem, o recém-nascido precisa dos nutrientes
fornecidos pelo leite materno.
Quando este não pode ser utilizado,
deve ser substituído por fórmulas especializadas.
Em nenhuma
hipótese o leite materno ou seu substituto industrializado deve ser
trocado por leite comum, leites vegetais ou suco de
frutas, pois isto leva à desnutrição.
Saiba mais sobre a
importância do aleitamento materno, introdução de alimentos e os
nutrientes em :
-
Alimentação para Bebês e Crianças até 2 anos
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Peixes e frutos do mar podem conter níveis de mercúrio
prejudiciais à nossa saúde
Mulheres grávidas, ou as que estiverem amamentando, e também
crianças menores de três anos, é importante ter um cuidado maior com
o consumo desse tipo de alimento. Os bebês, por exemplo, são muito
vulneráveis aos efeitos nocivos do mercúrio.
A EPA e o Conselho de Defesa dos Recursos Naturais, uma ONG que se
dedica a temas relacionados com o meio ambiente, oferecem um guia
que lista os peixes e frutos do mar em função da concentração de
mercúrio.
O que têm a maior quantidade de mercúrio são: tubarão,
peixe-espada e agulha.
Os que têm alta concentração de mercúrio, mas menos do que
os anteriores: cavala, corvina (do Pacífico), bacalhau-negro, robalo
chileno e atum.
Os que têm uma quantidade moderada: robalo riscado, carpa,
lagosta, tambaril e peixe-búfalo.
Os que têm pouco mercúrio: chaputa, anchovas, bagre, salmão,
sardinha, tilápia, bacalhau, abadejo, truta, ostras, lulas, vieiras
e camarão.
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-38100890. Acesso em maio
de 2019. |
Fome Mundial
A
fome no
mundo atinge 821 milhões de pessoas (2017), segundo
relatório da FAO .
Maior parte dos grãos vira ração, e não
alimento humano - Veja no artigo.
A pecuária ocupa 75% das terras
aráveis do planeta, principalmente para pastagem e produção de
ração.
Reduzir ou tirar as carnes do cardápio
reduz enormemente a demanda por monoculturas e uso de terras.
A mudança favorece sistemas agrícolas
mais saudáveis e sustentáveis.
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Direitos Animais
- Quanto tempo vivem
os animais usados na pecuária (tabela)
- Vídeo sobre
respeito aos direitos dos
animais (3 minutos)
- Vídeo : Vegetarianismo e Meio Ambiente (3
minutos) |
Saiba mais:
- Luta contra as
superbactérias resistentes a antibióticos :
Europa deve endurecer
regras para uso de antibióticos na pecuária*
- Vídeo :
Arnaldo Jabor fala sobre Carne e Meio Ambiente / Aquecimento Global
(3 minutos)
- Para Nutricionistas : e-book**
Guia Alimentar de Dietas Vegetarianas . |